Antes de conferir as dicas de segurança para operação com o laser, nós sugerimos que também leia as dicas que antecedem esse processo no link a seguir.
A classificação dos lasers é baseada na habilidade do laser principal ou refletido de causar danos a pele e aos olhos, dependendo também do nível de acessibilidade ao laser. Para um laser em uma dada classe, o feixe de saída deve respeitar o imite de emissão acessível (AEL). Esta classificação sege a norma ANSI Z136.1-2014, relacionado a segurança de uso dos lasers.
Classe 1: São lasers que não apresentam um perigo eminente para que cause danos durante a operação, não sendo necessário precauções. Como exemplo desta classe estão os leitores de CD-players.
Classe 2: Estes lasers são de baixa potência, e são subdivididos em duas categorias (2 e 2M). Em geral nesta classe, a radiação se dá no visível em baixas potencias, em que a proteção natural de piscar os olhos, é considerado adequado para a proteção dos olhos (0,2s). No entanto, se o usuário olhar fixamente o ponto do feixe do laser, este pode causar danos.
Classe 3: Esta classe é para lasers de média potência, sendo subdivididos em 3R e 3B. Não apresenta perigos quando expostos sobre a pele, mas necessita cuidados em relação aos olhos. Feixes diretos desta classe de lasers causam danos em curtos períodos de tempo, menores que a picada do olho humano, porem se este feixe se tornar difuso não há perigo envolvido no tecido. Devido ao cuidado necessário, é recomendado a utilização de salas de segurança para lasers (LSO).
Classe 4: Esta classe é para lasers de alta potência, gerando danos tanto aos olhos quanto a pele. Não há limite de potência para esta classe, sendo esta de maior perigo na geração de chamas. Devido ao cuidado necessário, é recomendado a utilização de salas de segurança para lasers (LSO).
Lasers, de alta potência, como no laser fibra, são classificados como lasers de classe 4 por possuir alta potência no feixe, gerando alta periculosidade ao tecido vivo, como olhos e pele. Porem podem ser classificados como classe 1 caso o laser seja enclausurado dentro de um equipamento com proteção adequada. A Promarking oferece lasers tanto de classe 4 quanto classe 1, sendo os de classe 1 a linha PROLASE MINI e XL, que são enclausurados, e classe 4 a linha PROLASE OEM, não enclausurados, voltados para aplicação em células de produção automatizadas, ou seja, com acesso restrito a operadores.
- Perigos relacionados ao Corpo
Os cuidados e perigos mais relacionados ao corpo são em relação a exposição dos olhos e da pele. Em relação aos olhos, a ação direta do feixe nos olhos pode gerar desde danos como a catarata até alterações na visão noturna e colorida se ocorrer a exposição por longos períodos à radiação de alta energia no visível. Danos mais graves nos olhos incluem a formação de pontos cegos, distorção na visão, perda de capacidade de alta resolução do olho, cegueira parcial ou total. Logo é necessário o uso de óculos de grau de proteção 4 ou superior para quando está em contato direto com o feixe do laser, ou janelas absorvedoras de radiação quando o equipamento a laser for enclausurado.
Da mesma forma que ocorre a interação de diversas radiações com os olhos, também acaba ocorrendo para a pele. Os danos mais frequentes na pele incluem bronzeamento, queimaduras, inflamações, envelhecimento prematuro, câncer (exposição prolongada ao feixe), ou até corte dependendo do processo a laser utilizado. A proteção necessária quando se utiliza lasers de alta potência, como os lasers fibra são, camisas de manga longa, luvas e janelas de proteção.
2. Outros Perigos
Além dos perigos relacionados a radiação do laser, como foi observado, também devemos levar em conta outros perigos relacionados ao processo que não são vinculados diretamente ao feixe. Estes perigos relacionados ao laser são:
- Elétrica: instalação e isolamento elétrico mal realizado.
- Ambiente: Alguns materiais durante o processamento podem liberar gases danosos, fumaça, vapores danosos e não-danosos.
- Fogo: está relacionado a lasers de alta potência, classe 4, que ao interagir com superfícies sensíveis a combustão pode gerar chamas, sendo necessário utilizar na formulação do material retardantes de chamas.
- Outras: Outros perigos estão relacionados as partes mecânicas e de robotização do equipamento, podendo levar perigo caso não esteja bem configurado.
3. Perigos relacionados ao Ambiente
Durante a realização de um trabalho de gravação a laser, dependendo do tipo de superfície e do material utilizado é possível ocorrer a liberação de micro a nano partículas, como também fumos metálicos e entre outros gases e vapores tóxicos que possam levar a prejudicar a saúde do operador do equipamento. Os materiais que liberam contaminantes são os poliméricos e os metais de fácil oxidação ou não revestidos (galvanizados, zincados, pintados, etc.), sendo os revestidos os que mais liberam diferentes tipos de contaminantes.
Os principais contaminantes liberados de acordo com o tipo de material aplicado são:
- Kevlar: poeira particulada.
- Policarbonato e Acrílico: poeira particulada e Cresol.
- Borracha: poeira particulada e 1,3-butadieno.
- Aços macios: óxido de ferro, NOx, COx.
- Aço inox: Níquel, Cromo.
- Nimônicos: Cobalto, Cromo, Níquel.
Logo, para evitar tais gases são utilizadas proteções respiratórias (mascaras de filtragem) e de extratores de gases e partículas no local de geração destes. Para as máscaras, são utilizados filtros do tipo P2 e P3, que são indicados para filtragem de micropartículas e gases tóxicos quando o operador está em contato direto com o ambiente danoso de gravação durante longos períodos. Para utilização de extratores, que são os mais indicados por possuir maior eficiência, são utilizados filtros de carvão ativado em conjunto com filtros do tipo HEPA em um aspirador de ar. Tendo estes dois em conjunto é possível obter 99,9% de segurança dos gases quando extraídos de forma eficiente.
4. Equipamentos de Proteção de Radiação Laser
Um dos mais importantes procedimentos na utilização é a proteção do operador da máquina de laser. Este deve estar protegido principalmente se for utilizar lasers das classes 3 e 4, sendo de extrema necessidade a utilização de óculos protetores de radiação, que bloqueiem UV e Infravermelho e atenuem a potência do laser no visível. Outros equipamentos de proteção são janelas, barreiras, cortinas e vestimentas que permitem a proteção de radiação sobre a pele.
5. Janelas e Óculos de Proteção
A aplicação dos materiais voltados a janelas de proteção e óculos está intimamente relacionada a absortividade e reflexão em comprimento de ondas danosos e transparência no visível. Os principais materiais utilizados para absorção e reflexão do feixe do laser são: a base de polímeros, que possuam propriedades absorvedoras, como policarbonatos (PC) e acrílico (PMMA), e vidros com diversos revestimentos.
As janelas de proteção poliméricas utilizadas, são feitas com materiais absorvedores de radiação danosa, que podem ser dopados com corantes, aditivos e revestimentos que possibilitem refletir ou absorver a radiação danosa. As vantagens de se utilizar janelas poliméricas são: praticidade, leveza, dimensionamento livremente customizável, porém não apresenta cores transparentes para todo o espectro.
Em relação as janelas de vidro, estas foram as primeiras a serem desenvolvidas, porem perderam prestigio devido a dificuldade de seu processamento. Esta proteção é devido a presença de dopantes, como terras raras e /ou revestimentos de filmes poliméricos e metálicos, a fim de melhorar as propriedades absorvedoras e/ou refletoras.
Lasers, de alta potência, demandam proteções de grau 4 ou maior por possuir alta potência no feixe, gerando alta periculosidade ao tecido vivo, olhos e pele. Porem podem ser classificados como classe 1 caso o laser seja enclausurado dentro de um equipamento com proteção como, por exemplo, as gravadoras à laser da linha PROLASE MINI e XL.