Para se conseguir uma boa gravação a laser diversos parâmetros devem ser ajustados de acordo com as características de cada tipo de material. Porém, alguns parâmetros gerais são mais relevantes para a qualidade do processo. Estas características estão relacionadas ao foco, potência, hachura, tipo de fonte alfanumérica, ângulo de ataque do feixe e quantidade de passos utilizados.
1 - Foco
Em alguns materiais, como no caso do aço, um leve desfoque em alta potência acaba gerando marcas escuras mais superficiais. Estas marcas, geradas a partir da carbonização, surgem devido a diminuição da densidade do feixe sobre o material, evitando a retirada de material e alcançando marcações com maior contraste.
2 - Potência
O nível de potência utilizado varia conforme o tipo de material a ser marcado. As elevadas são utilizadas em materiais metálicos, nos quais as mais baixas acabam diminuindo a mudança de cor e aumentando as chances de limpeza superficial. Já no caso dos polímeros é recomendável utilizar baixas potências, pois esta classe de materiais é bem sensível ao calor, podendo ocorrer desde o amolecimento até a evaporação desnecessária do material.
3 - Superfície de gravação
Quando o laser atinge a superfície do material, parte dele é refletido pela superfície, o que pode acabar voltando para o ressonador óptico. Isso pode diminuir a vida útil do equipamento devido ao excesso de potência gerada, causando deterioração do laser e perdas de potência ao logo do tempo de uso. Desta forma, é recomendável não utilizar potência máxima em superfícies com alto índices de reflexão.
4 - Atmosfera
O processo de gravação a laser está intimamente ligado ao tipo de gás presente na atmosfera no momento do processo. Em atmosferas pobres em oxigênio, as gravações que dependem da oxidação do material para se revelarem ficam comprometidas, não gerando mudança de cor, somente remoção de material. Normalmente utiliza-se atmosferas inertes quando se deseja obter gravações em baixo relevo em que ocorra o mínimo de alteração de cor.
5 - Hachura
Quanto maior o espaçamento entre as linhas, mais rápido ocorre a gravação a laser para uma mesma velocidade de varredura. Quando se deseja otimizar a marcação mais escura, utiliza-se hachuras mais espaçadas com velocidades menores. Esta configuração é capaz de gerá-las, porém deve-se tomar cuidado com o tipo de material utilizado, pois alto espaçamento pode deixar a textura superficial exposta, dependendo do nível de resolução desejado.
6 - Número de repetições
Para materiais sensíveis a mudança de cor, em que uma leve mudança de potência acaba mudando drasticamente o aspecto de gravação, são utilizadas repetições rápidas de seus parâmetros em baixa potência. Estas repetições acabam gerando maior destaque de cor e qualidade nos contornos, através de mudanças sutis na qualidade de gravação.
7 - Formação de plasma
Um problema bastante decorrente dos processamentos a laser é a formação de plasma próximo a superfície do material processado. Este fator afeta drasticamente a qualidade do feixe, reduzindo a energia que atinge o material e, consequentemente, reduzindo a profundidade atingida pelo feixe do laser. Logo, para se evitar a formação do plasma, utiliza-se normalmente um sistema fechado com um determinado gás de proteção ou sistemas de lasers pulsados, como os lasers fibra, Q-Switch ou MOPA, por exemplo.
Essas são as nossas dicas para uma boa gravação a laser!